Oprefeito reeleito de Cabeceiras do Piauí, Professor Zé Filho (PP) está sendo investigado acusado de beneficiar eleitores por meio do abastecimento de combustível em veículos. A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar denúncias de compra de votos.
A investigação teve início após uma ação da Polícia Militar, que apreendeu notas fiscais assinadas pelo prefeito, com valores entre R$ 140,00 e R$ 300,00, emitidas entre os dias 12 e 28 de setembro.
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De acordo com o inquérito, no dia 28 de setembro de 2024, a Polícia Militar recebeu uma denúncia de que, na residência do prefeito, estaria ocorrendo compras de votos. Ao se dirigirem ao local, os policiais identificaram um veículo Onix cinza, adesivado com o nome e imagem de Zé Filho, estacionado a cerca de 50 metros da casa do gestor.
Durante a revista no veículo, os policiais encontraram diversos materiais suspeitos, incluindo oito notas fiscais de combustível assinadas pelo prefeito, duas notas em branco, a quantia de R$ 254,00 em espécie e um comprovante de depósito no valor de R$ 960,00. Também foram apreendidos 12 botons de campanha de Zé Filho, além de um celular.
Ao ser questionado pelos policiais, o motorista afirmou que trabalhava para o prefeito e que os valores apreendidos eram destinados a uma carreata. Ele revelou que as notas fiscais poderiam ser usadas para abastecimento ou conversão em dinheiro no Posto Carvalho LTDA, prática pela qual ele retinha uma comissão de 10%. Segundo o relato, todas as notas foram entregues pelo próprio prefeito Zé Filho.
A Polícia Federal determinou o envio dos materiais apreendidos ao Tribunal Regional Eleitoral do Piauí e solicitou informações sobre o Posto Carvalho, que está localizado em Cabeceiras e instaurou a investigação para apurar prática de crime eleitoral.
